domingo, 2 de fevereiro de 2014

Expectativas



Ansiosa, nervosa…medo, sinto medo, quero voltar para casa, para a minha casa, a casa onde cresci e estou segura, escondida e a vida não passa por mim. Paro no tempo, e não me preocupo com carreias, profissões, dinheiro, expectativas!
EXPECTATIVAS!
Não tenho que viver para cumprir as expectativas de ninguém e posso largar este peso que se acumula sobre mim.
Mas que expectativas são estas? Quem as tem sobre mim?
Talvez nem existam e talvez ninguém espere o quer que seja de mim….
Então sou eu que as crio? Que digo a mim mesma que preciso de ser “assim”, fazer “assim”, viver “assim” e querer “assim”?
Mas se não for “assim”, não sou aceite, não sou suficiente, sou inferior… E passo toda a minha vida a sentir-me inferior a tudo e a todos. Mas talvez seja mesmo, e sendo assim, o melhor é aceitar de uma vez por todas, porque viver a minha vida assim mata-me… não consigo aceitar. Aceitar!! Aceitar-me!!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Comunicação



Numa relação, parece ser senso comum que, a comunicação é um grande alicerce. Não sei citar ao certo onde o li ou onde o ouvi a verdade é que tenho esta ideia comigo há muito, penso que a adquiri com o “know how” dos Gurus das relações que hoje se veem em todo lado, na televisão, revistas, website, e ate naquela amiga que sabe tudo sobre relações (e ate sobre a vida, quem não as têm). 
Pois numa relação á distancia, como infelizmente é o meu caso, infelizmente porque quem já teve ou têm sabe o quanto é difícil e doloroso, parece-me que a comunicação passará de alicerce para, quase toda a relação em si :S
Quando essa comunicação falta, e estou a falar em comunicação pura e dura, ter um tempo para falar com a pessoa partilhar o que nos vai na cabeça e saber o que vai na cabeça da outra metade, magoa-me, magoa-me bastante, pois é a única forma de puder “estar” com ele.
Agora, claro que não devo saltar a suposições e ficar chateada sem primeiro saber a razão que não nos permitiu ter o nosso tempo. E claro que na maior parte das vezes existe uma desculpa, e não é uma desculpa má, também não digo que seja a boa, pois uma boa desculpa seria: “Mor, desculpa não consegui chegar a tempo de falar contigo, porque quando ia no metro uma senhora gravida de gémeos entrou em trabalho de parto e eu era a única pessoa presente e trouxe ao mundo duas lindas bebés (ao que a senhora ficou tão imensamente grata que me deixou dar o teu nome a uma das bebés)!!”. Mas uma desculpa plausível, aceitável, normal do dia-a-dia.
Mas o que me atormenta é quando essas desculpas são sucessivas, e não havendo qualquer dúvida quanto á outra parte, dou por mim a perguntar: “Quando é que eu vou ser mais importante que todas essas desculpas? Quando é que eu vou ser “O” que mais interessa e que independentemente das pequenas coisas que acontecem ele vai parar para pensar e dizer, não hoje não, hoje preciso de arranjar tempo para falar com a minha namorada?”
Sim, se calhar sou uma egocêntrica por não aceitar que há coisas que por vezes são maiores que o nosso único tempo a dois, mas e quando isso se acontece sucessivamente? Não tenho o direito a perguntar quando é que eu vou ser importante o suficiente para vencer todos esses contratempos, e duvidar da minha posição na hierarquia de assuntos importantes?

Desvaneios talvez…